A loucura emersa

 

Ser ou não ser, eis a questão! Ser a gente mesmo pode ser uma tarefa árdua, pois às vezes possuímos tantos eus dentro de nós que não sabemos como emergir nossa personalidade sem medo das reações dos outros. Medo de perder uma relação, um momento bom, nossa própria consciência. Alanis mostra, em "Madness" (Loucura), que não precisamos ter medo de ser loucos.

"Agora eu vejo a loucura em mim

Surgida com a sua presença

Agora eu sei do que a loucura sobrevive, quando

você não esta neste quarto

Embora eu quisesse culpá-lo por tudo,

eu desejo estes momentos oportunos

Você simplesmente trouxe essa loucura à tona

e eu deveria agradecer a você"

O que é ser louco? O que é ser normal? À base de tranquilizantes internos, podemos tender a mascarar nossos verdadeiros eus na hora de solidificar todo tipo de relação social. Temos as regras sociais, éticas, claro, mas em algum momento de nossos círculos sociais e amorosos nossas verdadeiras entranhas serão expostas, e a gente pode ter receio de revelá-las àqueles que queremos que estejam por perto de nós. Mas o que seria estar com alguém sem poder ser você mesmo?

"Tem sido bem fácil cruzar meus braços e rolar meus olhos
A idéia de render-se me deixa aterrorizada"

Como parecer normal quando se quer apenas ser um louco, um confortável na companhia de loucos iguais ou diferentes? É difícil encontrar pessoas com quem podemos baixar nossas armas, com quem podemos nos despir (ui) de todo pudor, toda reticência e todos os pressupostos.

Mais difícil que poder ser você mesmo na frente dos outros, é poder estar confortável em nossa própria pele, já que se não soubermos como nos relacionarmos com nossos anjos e demônios internos, como manter relações com os demais?

Deixo agora a música para ser ouvida e apreciada: Madness - com tradução simultânea.