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14 de jan. de 2012

Lavoisier



Ficou ali mais de duas horas esperando, sem nem saber se seria realidade ou não. Só pensava em fazer daquilo algo mais que momentâneo, embora nunca tenha tido a experiência de montar algo assim. E estava ali, aguardando, logo ele, que não tolera atrasos, mesmo se avisados. Algo em sua mente dizia que era melhor assim.
E foram semanas de puro conhecimento um do outro, apesar de ter ficado apenas sobre a primeira camada de um sentimento ainda indefinido, mesmo já tendo ganhado alguma forma. Já havia um nome para aquilo, mas ainda não sabiam. E transformavam-se em dois seres não catalogados pelos biólogos, e nem se importavam, pois nem tinham noção de falar latim. Era melhor que fossem indefinidos pelos outros, mas compreendidos entre si.
O tempo passou e eles ganharam novas formas, novos ares. E dispersaram-se. Perderam-se no mundo em que viviam e não mais se viam. Havia tudo morrido, se perdido?
E o tempo fez de novo com que eles tornassem a ver-se, a terem-se, como se nada tivesse ocorrido. Mas ocorreram várias coisas, e as mudanças nos estados de ânimo os transformaram. E as emoções, também. Não havia nada morrido naquele instante, nem mesmo quando uma reação em cadeia explodiu as almas e tornou lágrimas a matéria química mais volátil da face da Terra. Porém ainda havia a matéria, a substância unidora. Era algo diferente, mas estava lá. Transformada mais uma vez, igual a tudo na vida.

"Porque é amor. Bate diferente, mas é amor"

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