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4 de dez. de 2011

A joia do Nilo

Sentada, calada, quase retida em pensamentos semelhantes e dores profundas. Inventando uma palavra nova a cada cinco segundos para definir tristeza, solidão, falta de afeto, desespero...dores de cabeça lhe invadem pela noite, e ela só pensa em achar alguém em quem se apoiar e desabafar sobre qualquer coisa. Seus óculos estão sujos, querendo se esconder de visões que lhe ofendem. Ela cansada, viajando em música russa, digitando palavras ao léu, sempre cantando o que foi cantado ao seu pé do ouvido.

Ela inventa metáforas, catacreses, eufemismos, vícios de linguagem. Ela cria vícios para evitar verdades. Maldiz o que lhe é bendito para sabotar sua vida.

2 comentários:

  1. Sendo tão criativa, usa a mente de forma errada.
    Porque não inventa nuvens rosas de marmelada?
    Seria doce, quase divino. Se suas jóias fossem de vidro. O vidro refletiria sua beleza e ela veria que não precisa de jóias para ser princesa.

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