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18 de dez. de 2011

Perfil de domingo 3: Doze homens e uma sentença


Existem filmes de vários tipos, e para vários humores e reflexões: que fazem rir, chorar, emocionar-se, refletir...ou que simplesmente nos distraem. Hoje falarei de um filme que faz rir um pouco, ao vermos que faz a gente refletir sobre algumas condutas que podemos ter ao nos emocionarmos com algumas situações. E esse filme maravilhoso se chama "Doze homens e uma sentença" (12 angry men - 12 homens raivosos, título original). E de onde vem essa raiva?

O enredo é simples: doze homens são convocados para participar de um júri, a fim de inocentar ou culpar um garoto de 18 anos acusado de assassinar seu próprio pai. Para isso, a decisão deverá ser unânime, tanto para inocência quanto culpa, ou eles devem pedir a anulação do júri, o que não é fácil. Inicialmente, onze deles dizem na hora que o rapaz é culpado, mas há um senhor (Henry Fonda, genialíssimo ator) que não tem certeza da culpa do garoto, e começa a levantar questões sobre o que ocorreu nos depoimentos no tribunal. A partir daí, há um jogo - não intencional - entre convencer o senhor de que o garoto é culpado, e de ele convencer os outros de que não se pode ter certeza de tudo tão facilmente. O cenário é praticamente único: a sala do júri é o palco para todo tipo de ação e diálogos fortes e nervosos, que revelam as várias facetas que pode ter um ser humano, desde a pressa em resolver as coisas sem ter a certeza de algo, até a latência de emoções devido ao caso de assassinato. Mais importante que o final do filme, o desenrolar de toda a história faz com que a gente saia do filme percebendo que todo ser humano merece atenção, independente de sua classe social, raça ou qualquer outro preconceito que haja dentro de nós.  E que podemos entrar em contradições em segundos sem que as notemos de cara. 

Henry Fonda, jurado nº 8 que não aceita de cara o veredito de "culpado" para o garoto

O clima é tenso, cada jurado é diferente e tem um motivação. Há o jurado idoso e sensato, o que quer ir embora para assistir um jogo, o racista, e diversos outros tipos, que  alimentam a discussão em diversos momentos. Os personagens se mostram verdadeiros, e há muitas brigas por motivos pessoais. O processo é destilado, e o motivo de declarar a inocente ou culpado parece ser na maioria das vezes por opiniões e preconceitos e não relacionado com o caso em si.

Enfim, "Doze homens e uma sentença" é um filme para quem curte uma boa ação de diálogos e análise profunda das personalidades do ser humano, que é tão ávido por justiça que às vezes se cega para obtê-la - ainda que erroneamente. E um filme que dá valor a algo que muitos filmes têm declinado ultimamente: o roteiro

Há também uma versão mais recente do filme, de 1997, com mais uma lenda do cinema, Jack Lemmon, mas foi comercializada somente para TV. A qual, na verdade, foi a primeira a que assisti.

Baixe o filme aqui e enjoy it!

2 comentários:

  1. Já assisti esse filme na faculdade...
    Mas não me pergunte nada sobre ele, afinal sou péssimo pra filmes, além disso achei o filme um pouco confuso, ainda mais em roda de amigos, nem me concentro...rs
    Abaços

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  2. O filme é bem agitado, em ritmo de conversa, talvez por isso deva ter te confundido rs. abs

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